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Criacionismo: Aspectos Geológicos


Uma das principais bases da teoria da evolução é o registro fóssil presente na coluna geológica. A superfície da terra em qualquer região do mundo é dividida em camadas com diferentes tipos de rocha. Em muitas dessas camadas encontramos preservados os fósseis de animais que morreram e foram ali sepultados. Dificilmente um organismo vivo fossiliza, mas quando há um sepultamento rápido e bem vedado existe a possibilidade de partes daquele ser serem preservadas. O estudo desses fósseis possibilita-nos obter informações sobre a vida na Terra no passado. Ao estudar a coluna geológica observamos uma singularidade dos tipos fósseis de cada região sendo que os organismos presentes nas camadas inferiores tendem a ser mais simples daqueles encontrados em camadas superiores. Por exemplo, na camada mais inferior (Pré-Cambriano) encontramos apenas seres unicelulares, nas camadas superiores (Fanerozóico) encontramos formas mais complexas começando com seres invertebrados passando para anfíbios e repteis em camadas medianas e terminando com mamíferos e aves.

A concepção geológica fundamental da Teoria da Evolução é o uniformismo, que afirma que as mudanças geológicas ocorrem lentamente ao longo de milhões de anos. Por exemplo, se existe um vale a interpretação evolucionista normalmente afirma que este se formou lentamente devido ao curso do rio. Segundo a teoria da evolução, a coluna geológica da Terra formou-se lentamente ao longo de milhões de anos e em alguns momentos preservou os fosseis dos organismos que morreram em um passado remoto da história terra. Logo, segundo a teoria evolucionista a coluna geológica seria uma evidencia da evolução das espécies ao longo de milhões de anos. Sendo que a idade de cada camada e do fóssil nela encontrado poderia ser datado por métodos radiométricos.

Porém a teoria evolucionista possui diversos problemas. A camada pré-cambriana apresenta bastante dificuldade de estudo, é uma região de mais difícil acesso por ser bem abaixo da superfície da terra, tem poucos fósseis e os que são encontrados são bastante dúbios. Muitos dos supostos fósseis encontrados nessas camadas podem ter tido origens naturais e não ser necessariamente a marca deixada por organismos vivos (pseudofósseis). Mas é inegável que alguns fósseis desses microorganismos realmente existem, mas não necessariamente eles evidenciam organismos que viveram a milhões de anos. Várias pesquisas relataram a existência de microorganismos a grandes profundidades da superfície da Terra, eles existem lá nos dias de hoje. É possível que os fósseis encontrados mostrem apenas a ação recente dessas bactérias de rochas profundas, sem maiores dificuldades de interpretação.

O estranho é que segundo o evolucionismo esses seres permaneceram inalterados por mais de dois bilhões de anos, simplesmente não teriam evoluído durante a maior parte da historia da terra. Mas quando chegamos ao período Cambriano de repente surge uma grande abundância e diversidade de vida. Como explicar que a vida ficou na mesma forma por quase três bilhões de anos e de repente surgir quase todos os filos do reino animal? Quase nenhum tipo básico aparece acima desse nível! E essa mesma dificuldade se repete ao longo da coluna, novos gêneros, tipos e espécies aparecem de repente sem nenhum antecessor que explique o seu surgimento. Um dos maiores problemas para a teoria da evolução é que a geologia não revela a sequencia de animais intermediários suposta pela teoria da evolução, vemos apenas animais prontos e completos. Como defender que os animais evoluíram de formas mais simples a formar mais complexas se não existem intermediários capazes de explicar o desenvolvimento desses seres vivos?

Os evolucionistas tentam explicar essa falha em sua teoria dizendo que a evolução ocorre de maneira muito rápida. Porém outros dados sugerem que as mudanças evolutivas são lentas. Alguns seres vivos são notavelmente semelhantes aos seus correspondentes fósseis. Como conciliar o fato de que alguns peixes se transformaram em seres humanos ao longo dos anos enquanto outros permaneceram exatamente iguais? O fato de que os evolucionistas as vezes postularem mudanças muito rápidas e as vezes muito lentas para o desenvolvimento das espécies parece levar a conclusão de que eles adaptam os dados segundo convém para tentar conformar a teoria com as controversas evidencias.

Outro problema fundamental do evolucionismo é que partes significativas da coluna geológica estão faltando. Não há nenhum lugar da terra que a coluna está completa segundo propõe o modelo. Em alguns lugares faltam partes da coluna correspondentes a seis milhões de anos, em outros a quatorze milhões e alguns lugares a lacuna passa de cem milhões de anos. Em alguns lugares, para piorar a situação as camadas estão completamente invertidas. Mas o mais incrível é que todas as camadas da coluna geológica estão depositadas de forma completamente paralelas e a questão que fica é, se essas camadas representam milhões de anos, onde estão as evidencias da erosão? Não seria para observarmos evidencias de processos geológicos entre as camadas que permaneceram ali por milhões de anos?

Mas e quanto a datação? Os evolucionistas propõem datas bastante específicas para a época em que viveu cada fóssil encontrado. Mas qualquer um que se interessa um pouco mais pelas pesquisas científicas sabe o quanto os métodos de datação são controversos. Não há nenhum modelo totalmente seguro de datação. As coluna geológica, por exemplo, é datada pelo sistema potássio-argônio, uma porção do potássio-40 muda lentamente para gás Argônio-40. Acontece que o Argônio é um gás nobre que permanece quimicamente livre e pode facilmente sair de um sistema. Outros fatores além do tempo podem influenciar levando a datações imprecisas que muitas vezes contrariam o próprio modelo evolucionista.


Para seres vivos o método mais usado é a datação do carbono-14. Existem moléculas de carbono-14 na atmosfera que são absorvidas pelas plantas no processo de fotossíntese. Quando os animais se alimentam das plantas ingerem o carbono-14. Essa quantidade de carbono-14 vai sendo renovada no individuo por meio da alimentação até que este morra, depois disso a proporção de carbono-14 no organismo começa a diminuir, sendo reduzida a metade em 5730 anos. Dessa forma, fazendo o cálculo de quanto carbono-14 o fóssil perdeu os cientistas definem quanto tempo se passou desde a morte do organismo. O problema é que não temos como saber se a quantidade de carbono-14 existente na atmosfera hoje é igual a existente no passado, mas os cientistas supõem que essa taxa seja constante. Se a quantidade de carbono-14 fosse menor no passado isso iria sugerir os fósseis tem milhões de anos, quando na realidade possuem apenas alguns milhares de anos.

Mas não existem apenas os métodos químicos de datação da idade da terra. Dependendo do método de datação podemos chegar a diferentes conclusões a respeito da idade da terra. Por exemplo, sabemos que os rios estão constantemente depositando sedimentos no mar. Se fizermos os cálculos da quantidade de sedimentos depositados nos oceanos todos os anos podemos calcular em quanto tempo os continentes podem desaparecer. Os cálculos mostram que se a terra tem 2,5 bilhões de anos os continentes já deveriam ter sido totalmente lançados nos oceanos mais de 250 vezes. Outro exemplo, sabemos que as montanhas estão em processo de soerguimento de alguns milímetros por ano, se ampliarmos as taxas de crescimento para um período de 100 milhões de anos deveríamos ter montanhas com 500 Km de comprimento. Isso é um absurdo. Esses dados demonstram que a terra deve ter uma idade bem mais recente do que suposto pela teoria evolucionista.

Mas se o evolucionismo é falso como explicar a evidência de tantos fósseis de tamanhos e formas tão variadas na coluna geológica da Terra? O criacionismo fundamenta-se sobretudo em conceitos catastróficos para explicar as estruturas geológica da Terra. Segundo essa perspectiva grandes mudanças geológicas podem ocorrer num curto período de tempo. Assim, o criacionismo afirma que, se a Terra e os seres vivos nela presentes foram criados recentemente, apenas uma grande catástrofe de proporções universais poderia explicar a atual estrutura geológica da Terra e os fósseis nela presentes. Essa grande catástrofe seria o dilúvio.

O modelo criacionista concebe que a Terra era diferente antes do dilúvio. Provavelmente a parte seca estava toda junta e era muito mais plana do que os continentes atuais. A temperatura da terra devia ser mais quente e mais úmida do que atualmente o que possibilitaria a existência de animais maiores. A bíblia fala sobre águas acima do firmamento o que implicaria uma grossa camada de nuvens em nossa atmosfera que criaria na Terra uma espécie de efeito estufa. Na parte seca da Terra a distribuição ecológica seria bem definida. Os anfíbios, grandes répteis como os dinossauros e plantas enormes como as samambaias gigantes estariam nas partes mais quentes e baixas. As aves, os mamíferos e as árvores que produzem frutos estariam nas regiões de clima mais ameno nas partes altas do continente.

A origem das águas estaria no firmamento e no que é descrito na bíblia como fontes do abismo. Seria uma grande quantidade de água que estaria abaixo da superfície da terra. Conforme essa grande quantidade de água veio para cima a porção seca abaixou e foi inundada pela água. Outra possibilidade de interpretação é que houve uma troca entre os continentes e oceanos, ou seja, partes inferiores e mais moles de terra deslocaram-se em direção ao oceano e dessa forma o oceano cobriu a terra. E uma hipótese menos aceita é de que a Terra se contraiu levando as águas a subirem e depois expandiu novamente gerando a formação dos continentes.

À medida que as águas do dilúvio foram subindo aos poucos em grandes ondas de água foram destruindo os diferentes ambientes ecológicos e deixando os animais sepultados ali. Além disso devemos considerar dois fatores importantes para a formação do registros fósseis: motilidade e densidade. A medida que as águas do dilúvio subiam seria de se prever que os animais mais inteligentes fossem para regiões mais altas, logo, quanto mais capacitados os animais maior a possibilidade de serem encontrados em regiões mais altas. Isso explica também porque as aves quase não são encontradas no registro fóssil. Outro fator interessante é que diferentes tipos de animais apresentarem diferente densidade. Organismos mais simples possuem uma densidade maior e tendem a afundar. Já alguns vertebrados, depois que morrem, tendem a flutuar mais tempo do que outros, é interessante que os dados em relação a flutuação corresponde ao padrão encontrado no registro fóssil. Anfíbios flutuam cinco dias, já os repteis chegam a flutuar trinta e dois dias, os mamíferos flutuam em média cinquenta e seis dias e as aves podem ficar setenta e seis dias flutuando.

A bíblia relata que a chuva durou quarenta dias durante o dilúvio, mas provavelmente houve cento e cinquenta dias em que as águas subiram porque as fontes do abismo continuaram a jorrar água e só depois começaram a baixar. Enquanto as águas foram baixando lentamente as camadas da coluna geológica foram se formando horizontalmente em etapas. E os animais mortos pela ação do dilúvio foram sendo ali depositados. Ao todo Nóe e sua família ficaram na arca durante um ano e dezessete dias e quando saíram já havia pelo menos uma boa porção de terra seca. É possível que as grandes mudanças geológicas como o deslocamento dos continentes e a formação das montanhas ocorreram durante ou logo após o dilúvio. De qualquer forma um dilúvio nessas proporções alterou muito o clima da Terra o que explica a extinção de muitos animais logo após o dilúvio.

As evidencias geológicas de um dilúvio universal são várias. Os próprios fósseis dão testemunho de tal evento. Em primeiro lugar há grande evidencia de atividade subaquática sobre os continentes. Em diferentes continentes encontramos a existência de fósseis de tipo oceânico que só poderiam ter chegado ali se aquele local tivesse sido invadido por águas em algum momento. Além disso, em diversos locais são encontradas evidencias de correntes de turbidez. Essas correntes de turbidez são formadas quando uma grande quantidade de lama contendo uma abundancia de rochas mais pesadas flui sob a água do mar. A deposição dessa lama forma uma camada sedimentar chamada turbidito. A abundância de turbiditos em camadas sedimentares sobre os continentes evidencia extensa atividade subaquática sobre os continentes.

Outra evidencia do dilúvio é a vasta deposição de sedimentos sobre a superfície da terra. Em várias regiões da terra uma fina camada de depósitos sedimentares em áreas bastante extensas pode ser interpretada como reminiscências de uma atividade de lâmina diluviana (expansão fina e vasta de água em movimento). E por fim, em muitas escavações em áreas fósseis os ecossistemas estão incompletos. São encontrados fosseis de animais sem a indicação das plantas das quais se alimentavam. Isso é evidencia de que esses animais foram transportados para outro local diferente daquele em que viviam.


Como podemos perceber, não apenas o modelo evolucionista apresenta diversas falhas que estão longe de serem solucionadas, como o criacionismo possui argumentações racionais bastante plausíveis e coerentes com a ciência. Se o evolucionismo continua sendo aceito de forma incontestável dentro de muitos círculos acadêmicos a razão não parece ser a plausibilidade ou comprovação de suas hipóteses. A discussão entre criacionistas e evolucionistas não está tanto nos argumentos que estes possuem ou na capacidade de raciocínio das pessoas de cada grupo, mas a uma concepção a priori: se existe ou não um Criador por trás da existência do mundo.

O surgimento do universo e a origem e diversidade da vida podem ser melhor explicados se admitimos a possibilidade de uma realidade superior a nossa. A possibilidade de um Deus que planejou e organizou o universo segundo seu poder infinito e por causa da sua Vontade. Então poderemos explicar também a existência do registro fóssil como testemunho de um dilúvio universal que veio sobre a terra como juízo da parte desse Criador justamente porque os homens não quiseram se sujeitar a essa Vontade. Da mesma forma em nossos dias muitas pessoas negam a existência de Deus porque não querem se submeter a sua vontade. Os criacionistas creem em um Deus criador e por isso se dispõe a sujeitar a sua própria vontade a Vontade desse Deus que é, por direito, o dono de todas as coisas, soberano sobre o universo, mas também sábio, criativo e amoroso tal como podemos perceber nos elementos criados. O dilúvio para nós é uma mensagem clara de que Deus é soberano e, cedo ou tarde, a sua Vontade será plenamente estabelecida nesse nosso pequeno planeta rebelde.










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